20 de setembro de 2013

Após 5 anos, RN volta a realizar transplante de fígado

Após um período de cinco anos sem realizar transplantes de fígado, o Rio Grande do Norte voltou a ter esse tipo de procedimento. O anúncio foi realizado pela Central de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). De acordo com a central, um paciente foi operado no último dia 12 no hospital do Coração, instituição habilitada em transplantes hepáticos pelo Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde. Os transplantes são custeados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O paciente, um aposentado de 67 anos, trabalhava com turismo e se aposentou por causa da insuficiência hepática grave. Ele teve alta médica e hospitalar na última quarta-feira (18) e já se encontra em casa. O doador do órgão foi um homem de 30 anos que teve morte encefálica no hospital Walfredo Gurgel. 

Uma equipe especializada de cirurgiões, clínicos, anestesistas e enfermeiros foi montada para o transplante de fígado. O procedimento é considerado delicado. A cirurgia foi feita pelos médicos Alexandre Borges e Fernando Lisboa Junior. O médico-tutor do procedimento foi Marcelo Resende, cirurgião–chefe do hospital Sírio e Libanês, que veio a Natal para acompanhar o primeiro transplante.

De acordo com a subcoordenadora da Central de Transplantes do RN, Patrícia Maciel, o credenciamento do hospital, em 28 de dezembro de 2012, evita que o paciente tenha que sair do estado para fazer o transplante. 

Atualmente, duas pessoas aguardam por um transplante do mesmo tipo no estado. É necessária a compatibilidade sanguínea entre doador e receptor. Além de fígado, a Central de Transplantes do RN, criada em 2000, viabiliza transplantes de rim, córnea, medula óssea e coração. A Central é responsável por inscrever potenciais receptores, classificá-los e agrupá-los, de acordo com as medidas necessárias para facilitar a localização e a verificação de compatibilidade. Também comunica ao Sistema Nacional de Transplantes as inscrições de possíveis receptores e recebe notificações de morte encefálica ou outra que possibilite a retirada de órgãos e tecidos para transplante. 

Segundo Artenise Revoredo, coordenadora da Central de Transplantes, outra parte do trabalho é a sensibilização das pessoas quanto ao processo de doação de órgãos. No primeiro semestre de 2013, o índice de recusa familiar foi de 57% no estado. “As pessoas precisam informar aos seus familiares o desejo de ser um doador, pois eles são os responsáveis por autorizar o ato. Doar significa dar uma nova vida a quem está precisando de um órgão”, afirmou.

Com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para a relevância da doação, o Ministério da Saúde desenvolve uma campanha nacional neste mês de setembro, em alusão ao Dia Nacional da Doação de Órgãos, comemorado em 27 de setembro.
G1/RN 

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