16 de janeiro de 2015

Com doença rara, bebê de 6 meses já teve mais de 200 paradas cardíacas


Com apenas 6 meses de vida, uma bebê de Criciúma, no Sul de Santa Catarina, já teve mais de 200 paradas cardíacas. Ela sofre de uma doença que faz o coração parar subitamente. A bebê já passou por sete cirurgias e desde que nasceu está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A família da menina iniciou uma campanha para que ela possa passar por um transplante. 

O quarto preparado para a primeira filha de Angélica Oesterreich Martins e Diogo Freitas Martins ainda está vazio. Quando Angélica estava no sétimo mês de gravidez, os médicos descobriram que Lanah tinha um problema grave no coração e a mãe foi levada para um hospital em Porto Alegre (RS). Só após o nascimento da menina, em julho de 2014, os cardiologistas detectaram que Lanah tem síndrome do QT Longo. Desde o nascimento da filha, os dois se revezam no hospital de Porto Alegre e colocaram a casa em Criciúma à venda. 

"A doença causa uma arritmia que é considerada parada. Ela fica sem pulso e não consegue voltar sozinha. Já teve muito mais de 200 paradas, já perdemos a conta. Quando ela não tinha o desfibrilador implantado, os médicos levavam de cinco a sete minutos para fazer ela voltar", explica o pai. 

Um aparelho com marca-passo e desfibrilador foi implantado na menina. Toda vez que o coração de Lanah para, automaticamente ela recebe pequenos choques. "Ela sempre leva esses choques, só hoje [quinta] já levou uns quatro. Esse aparelho que ela tem implantado dura de cinco a oito anos em um adulto. Nela, precisou ser trocado em cinco meses, de tanto que o aparelho é usado", detalha o pai de Lanah. Segundo a família, o "h" no final, de heroína.

Segundo a mãe da menina, só um transplante pode salvar a vida da filha. Ela explica que a família gostaria de ir para São Paulo, as chances do procedimento seriam maiores do que no Sul do país, devido ao número de transplantes realizados. "Lá, por ano, são feitos em torno de 100 transplantes. Ano passado foram feitos 66, sendo 22 em crianças. Então, as chances da Lanah seriam muito maiores. Hoje o nosso problema é o transporte, uma UTI aérea, porque surgiu a vaga, a gente tem que estar com transporte. Para a Lanah cada minuto é essencial", afirma a mãe. 

Segundo o pai, a cirurgia depende de vaga no hospital em São Paulo, do transporte e de um doador compatível. Por isso, iniciaram a campanha "Um coraçãozinho para Lanah", para incentivar a doação de órgãos e para arrecadar dinheiro para o transporte aéreo, quando surgir um doador. "Lá existe uma fila que anda. O transplante é a única forma de salvá-la e conseguiria tratar melhor. A síndrome de QT Longo tem vários graus e o dela é o mais severo, afirma o pai.
Fonte: O Jornal de Hoje

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