2 de dezembro de 2015

HUOL e Maternidade trabalham para criar fluxograma de atendimento a casos de microcefalia


Com o objetivo de criar um protocolo com informações sobre o atendimento para os casos de microcefalia, o Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), a Maternidade Escola Januário Cicco, ambos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e a Secretaria de Estado da Saúde Pública (SESAP) estão se reunindo e dando andamento ao chamado “fluxograma de saúde pública”. Em 2015, foram confirmados 1.248 casos suspeitos de microcefalia, de acordo com o último boletim do Ministério da Saúde lançado hoje, 1° de dezembro. Desses casos, 79 foram registrados no Estado do Rio Grande do Norte. 

A médica Maria da Guia Medeiros, gerente de atenção à saúde da Maternidade Escola, explica que as gestantes têm diagnóstico conclusivo sobre a situação dos seus bebês ao chegar na 30ª semana de gestação, quando é realizado uma ultrassom morfológica. Se o bebê for diagnosticado com microcefalia, ela explica que a gestante não precisa procurar uma unidade de alto risco, como a Maternidade Escola. “A gestante deve procurar os hospitais ou postos de saúde próximos de onde ela mora”, esclarece. “Nós estamos construindo um fluxograma de saúde pública, para que o pré-natalista da paciente consiga dar conta dos exames, aonde quer que ela esteja, sem precisar de deslocamento porque, embora o diagnóstico positivo para microcefalia seja complexo para o bebê e para a família, a realização dos exames que dão essa identificação é bastante simples”, afirma. 

Durante a gestação, poucos procedimentos mudam, mas algumas etapas do protocolo para depois do nascimento já estão definidas. É importante, por exemplo, encaminhar o bebê a um hospital para a realização dos exames necessários e para que se comecem os procedimentos de reabilitação. Depois de nascido, o bebê precisa de um grande suporte. Atualmente, alguns exames importantes, como a ultrassom transfontanelar, a tomografia e o fundo de olho, só podem ser realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no HUOL e na Maternidade Escola. As Secretarias de Saúde do Estado e do município de Natal, estão procurando aumentar a quantidade de fornecedores desses exames.

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