4 de fevereiro de 2014

MP instaura inquérito para apurar tablets não entregues aos docentes do RN


Quase 300 escolas da rede estadual de ensino estão à espera do recebimento de um kit tecnológico formado por um tablet educacional 10” e um projetor Proinfo com lousa digital. Os equipamentos fazem parte de uma das ações do Programa de Ações Articuladas, do Governo Federal, que é uma espécie de PAC da Educação, e tem como objetivo o avanço tecnológicos nas escolas públicas. 

O problema é que os 1.774 tablets que compõem o kit tecnológico estão armazenados desde o dia 3 de abril de 2013, no depósito do Centro de Trânsito de Materiais (Centram) da Secretaria Estadual da Educação (Seec) porque a compra das lousas digitais não foi concluída pelo Governo Federal. O caso será acompanhado de perto pelo Ministério Público, que instaurou inquérito civil. 

De acordo com a promotora da Educação Carla Campos Amico, a empresa vencedora do pregão eletrônico realizado pelo Ministério da Educação resolveu pedir a revisão do preço das lousas, mesmo com os acordos assinados. “Esta empresa vendeu os tablets e as lousas, mas alegou que o preço da lousa deveria ser outro porque o equipamento é importado e deveria ter um reajuste cambial. Dessa forma ficou difícil tanto para o MEC como para a Secretaria Estadual de Educação, que só pode fazer a distribuição como foi determinado e está aguardando o que fazer. 

O MP provocou o MEC para saber como está o andamento desta situação, se haverá um novo pregão e outros detalhes. Já foram definidas até as escolas que serão beneficiadas, 292 do Ensino Médio, e vamos acompanhar de perto o caso. É importante deixar claro que a promotoria da Educação realiza, pelo menos, duas vezes ao ano inspeções no Centro de Trânsito de Materiais (Centram) da Secretaria da Educação. Esperamos que tudo seja resolvido o quanto antes para evitar o desperdício de patrimônio”, disse a promotora.

Nenhum comentário:

Postar um comentário