13 de maio de 2014

Dívida de R$ 500 levou jovem do DF a amarrar e queimar crianças, diz polícia


Foi preso na noite desta segunda-feira (12) o artesão de 21 anos suspeito de poucas horas antes amarrar as mãos de duas crianças, usar cadeiras para barrar a saída dos quartos em que as colocou e botar fogo em uma casa da QNM 7, em Ceilândia, no Distrito Federal. De acordo com a Polícia Civil, ele disse que cometeu o crime porque elas gritaram quando ele invadiu a residência para levar um notebook, um tablet e uma máquina fotógrafica para saldar uma dívida de R$ 500 feita pelo irmão mais velho delas. 

Os corpos das crianças foram encontrados carbonizados à tarde. Já o rapaz foi localizado por volta das 19h. A polícia diz que ele confessou o crime e não demonstrou arrependimento durante o depoimento. "Ele confessou o crime, não demonstrou em nenhum momento arrependimento, não chorou, não se emocionou. Ele apenas narrou o que aconteceu", disse o delegado Johnson Kenedy Monteiro. 

Na versão apresentada à polícia, o suspeito afirmou que teria vendido alguns dias antes peças de artesanato para um amigo, irmão mais velho das vítimas, que tinham 9 e 13 anos. Ele disse que, durante o fim de semana, cobrou do rapaz o valor dos produtos e ouviu para ir à casa da família nesta segunda, quitar parte da dívida.O artesão foi à residência, como combinado, e lá recebeu R$ 100 do irmão mais velho do menino e da menina. 

Pouco depois, voltou ao local e tocou a campainha, encontrando as crianças sozinhas. Ele disse que tinha voltado porque tinha esquecido algo e queria buscar. Quando o homem falou que levaria um notebook para saldar a dívida, as crianças começaram a gritar. Então, o suspeito diz que levou a menina para um quarto e amarrou as mãos dela com um fio de telefone. Depois, levou o menino para outro quarto e o amarrou com um pedaço de lençol rasgado.

O jovem decidiu, então, escorar cadeiras nas portas dos quartos para impedir que as crianças saíssem e botar fogo na residência. Saindo de lá, ele ainda encontrou a mãe delas na rua, que o cumprimentou. A Polícia Civil informou que o suspeito não tinha antecedentes criminais. Ele vai responder por duplo latrocínio e pode pegar até 60 anos de prisão. Preso no Departamento de Polícia Especializada, ele deve ser transferido para a Papuda ainda nesta terça-feira.
Fonte: G1

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