Bastaram alguns minutos observando a quantidade de mulheres conectadas ao celular durante o trajeto de metrô na capital paulista para que o designer gráfico Edgar Alves Ribeiro, de 31 anos, natural de Piedade (SP), começasse a pensar em uma maneira de ajudar a combater os abusos sexuais sofridos dentro dos vagões lotados. "Muitas estavam distraídas com jogos e aplicativos. Uma ferramenta para esses smartphones poderia resolver grande parte do problema nos metrôs e linhas de ônibus", explica.
Para ajudá-las a apontar (e até mesmo punir) os agressores em poucos segundos e de maneira discreta, Edgar criou o Griite, um aplicativo capaz de iniciar um processo de denúncia através de um simples toque no celular. O botão central fica parado na tela e tem o tamanho ideal para possibilitar que 90% do processo seja feito com a mão escondida dentro da bolsa ou de uma sacola.
Após a aproximação, a câmera do celular é ativada e o aparelho vibra avisando que está pronto para a captura de uma foto - a tela inteira do aparelho se transforma em um único botão para captação da imagem. "A mulher deve fotografar discretamente, selecionar e recortar apenas o rosto do agressor e pressionar o botão Enviar", esclarece o designer gráfico.
A denúncia fica à espera de confirmação e, 30 minutos depois, a mulher recebe uma mensagem orientando-a a complementar a denúncia com algumas informações. "À primeira vista não parece ser um relato detalhado, mas o cruzamento das informações com outros dados pode combater e inibir os abusos", ressalta.
Em fase de finalização do projeto, Edgar explica que, uma vez no mercado, a intenção é disponibilizar o aplicativo gratuitamente. As interessadas devem se cadastrar na página do aplicativo para, em seguida, personalizá-lo da maneira que acharem melhor.
Fonte: G1
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