Os números de roubos de veículos no Rio Grande do Norte, nos
meses de janeiro e fevereiro de 2014 apresentaram um aumento de 27% em relação
ao mesmo período do ano passado. Os dados foram apresentados nesta quarta-feira
(19), pela Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos do RN (Deprov).
Em janeiro, 335 veículos, entre carros e motos, foram
tomados de assalto (66,86% foram recuperados). Em fevereiro foram 337 (53,41%
recuperados), um total de 672, enquanto em 2013 esse número foi de 526 nos dois
primeiros meses do ano. A média em 2014 é de um carro roubado a cada duas horas
no Rio Grande do Norte. Em Natal, que lidera a lista, os bairros onde as
ocorrências mais aconteceram foram, respectivamente, Lagoa Nova, Nossa Senhora
da Apresentação, Alecrim e Capim Macio. Na relação de municípios mais visados
pelos assaltantes, vêm logo atrás da capital potiguar as cidades de Parnamirim,
São Gonçalo do Amarante, Macaíba e Ceará-Mirim.
Os carros mais visados pelos bandidos são os chamados
“populares”. O Gol (da Volkswagem), o Pálio (da Fiat), o Uno (da Fiat) e o
Corsa Classic (da Chevrolet), lideram a lista dos mais roubados. O horário em
que as ações acontecem é variado, mas ocorrem normalmente entre o final da
tarde e o início da noite (entre 17h e 20h).
De acordo com o delegado, além do roubo para “depenar” o
veículo e vender as peças no “mercado negro”, os assaltantes também utilizam
carros e motos para realizarem outros assaltos. “Muitas vezes os carros
roubados fazem parte de um plano que eles pretendem executar. Querem roubar
algum local e então escolhem um carro para esse crime, para caso a polícia
consiga identificar o veículo, seja mais complicado rastreá-los. Também existem
aqueles que são “encomendas” de terceiros”, explicou. No final de 2013, a
Deprov deflagrou uma operação para prender uma quadrilha de assaltantes de
veículos. Na ocasião, 15 pessoas foram presas e vários carros e motos foram
recuperados. Segundo Atanásio, outras ações do tipo irão acontecer no decorrer
do ano.
“A Deprov está trabalhando. Estamos investigando e vamos
prender essas quadrilhas. Mas isso não é uma coisa feita da noite para o dia.
Leva tempo, temos que investigar cada assalto para identificar como eles
realizam as ações e irmos identificando cada um. Não adianta fazer uma operação
dessas e prender apenas algumas pessoas que fazem parte da quadrilha. Queremos
tirar todos das ruas e estamos trabalhando para isso”, finalizou.
Jornal de Hoje
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