Depois de 36 anos, Ron Dennis foi forçado a deixar ao cargo de presidente do Grupo McLaren, após uma reunião com acionistas nesta terça-feira. O inglês de 69 anos, que tem feito parte da equipe desde 1980 e que ajudou a conduzir a escuderia a 20 títulos mundiais, lutou para não ter de abrir mão do posto, chegando apelar à Suprema Corte, mas não obteve sucesso. Nos últimos anos ele vinha enfrentando problemas com os demais acionistas, que não concordavam com seu estilo de gestão. Dennis tem 25% das ações, o saudita Mansour Ojjeh detém outros 25% e os 50% restantes estão nas mãos do fundo de investimento barenita Mumtalakat.
Ron Dennis vai seguir como membro do Conselho da empresa, mas diz que pretende lançar um novo fundo de investimento em tecnologia depois que seus compromissos contratuais com a McLaren chegarem ao fim.
Em comunicado, ele admitiu estar decepcionado com a decisão dos principais acionistas do Grupo, que o forçaram a assumir uma licença remunerada, apesar das recomendações do restante da equipe de gestores sobre potenciais consequências dessas ações para o negócio. "O meu estilo de gestão é o mesmo que sempre foi e é aquele que permitiu à McLaren vencer 20 campeonatos de F1 e que cresce em um negócio de 850 milhões de libras por ano. Ao longo desse período, trabalhei de perto com uma série de colegas talentosos e que nos colocaram no topo da tecnologia. Sempre serei grato. Nos últimos tempos, ficou claro para mim que nem TAG nem a Mumtalakat compartilham a minha visão para a McLaren e seu verdadeiro potencial de crescimento. Mas a minha primeira preocupação é com o negócio que construí e com os 3.500 funcionários. Vou continuar usando a minha participação significativa nas empresas para proteger os interesses e os valores da McLaren, ajudando a construir o seu futuro".
Fonte: Globo Esporte
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